quinta-feira, 10 de abril de 2014

EPILEPSIA / CRISE CONVULSIVA

                        EPILEPSIA – CRISE CONVULSIVA


A palavra epilepsia, causa horror, desapontamento e preocupação, quando é proferida como diagnóstico.
Pais, jovens quando  recebem esse diagnóstico para seus filhos ou para si, logo o associam como uma sentença para uma vida cheia de privações e anormalidades.
Não é para tanto, vamos entender o que ocorre.
Primeiramente o que significa a palavra epilepsia ? A palavra, que tem origem no grego é simplesmente descritiva e significa exatamente o seguinte : repentino, ou algo que acontece inesperadamente, ou mesmo de repente.
Essa palavra descreve o que os antigos gregos observavam quando viam alguém tendo uma crise epilética ou convulsiva, que é o que acontece. Uma pessoa que esta tendo uma atividade normal e repentinamente começa a passar mal, perdendo a consciência e em seguida começa a ter contrações fortes e bruscas com parte do corpo ou mesmo com todos os membros. Essa é uma crise convulsiva generalizada.

POR QUE OCORREM ESSAS CRISES ?

As crises ocorrem porque o cérebro que controla todos nossos movimentos fazendo com que ocorram emitindo mínimas descargas elétricas através dos nervos, sofre por algumas razões um descontrole dessas descargas, como quando observamos um curto circuito, e as descargas ocorrem de forma exagerada e descontrolada e desordenada, sem que possamos evitá-las.
Uma crise única não caracteriza a pessoa como sendo portadora de epilepsia, mas se as crises se repetem aí temos a doença que deverá ser adequadamente tratada.
Existe a possibilidade de ocorrerem crises convulsivas que são conseqüências de outras doenças, como seqüela de isquemia cerebral, uso abusivo de álcool ou drogas, infecções do Sistema Nervoso Central, e até mesmo tumores cerebrais.

TRATAMENTO

 O TRATAMENTO DEPENDERÁ DA CAUSA, caso existe alguma outra doença que ocasione a epilepsia, esta deverá ser diagnosticada e tratada, além do tratamento crise convulsiva em si, que será controlada em sua grande maioria com uso adequado de medicamentos anticonvulsivantes.

GRANDE MAL E PEQUENO MAL

As crises podem ser classificadas como tipo grande mal, quando ocorre perda de consciência seguida de abalos intensos em parte ou em todo o corpo. È comum ocorrer o aumento de secreção pela boca e nariz, que nada mais é que saliva e secreções nasofaríngeas  que acontecem por contração das glândulas. Isso torna a respiração ruidosa.

CRISE TIPO PEQUENO MAL OU CRISE PARCIAL
Ocorrem quando uma área menor do cérebro é afetada e pode levar a manifestações menores , como crises de ausência, quando a pessoa que esta fazendo alguma coisa ou falando, simplesmente fica com o olhar fixo e para por alguns segundos, ou quando para o que esta fazendo e fica com movimentos repetitivos com os olhos ou um dos braços ou com alguma parte do corpo, sem entretanto desmaiar.

O QUE FAZER QUANDO ALGUEM TEM UMA CRISE

- Mantenha a calma,
- Conduza a pessoa para um local seguro,
- Registre o horário e a forma como a crise ocorreu,
- Se a pessoa desmaiar, deixe-a deitada de lado e coloque ou improvise uma almofada para sua cabeça
- deixe a cabeça de lado pára facilitar a saída de secreções.

NORMALMENTE A CRISE NÃO DURA MAIS DE 2 MINUTOS e é normal que a pessoa acorde e permaneça desorientada por poucos minutos

CASO  A CRISE DURE MAIS DE 2 MINUTOS OU SE TORNE REPETITIVA LIGUE PARA UM SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA  = SAMU ( TEL 192)

O QUE NÃO FAZER
- Nunca tente segurar a língua ou colocar objetos para tentar abrir a boca da pessoa.
- Não tente fazer respiração boca a boca
- Não tenha medo da “baba” pois se trata de saliva – basta lavar as mãos com sabonete.
        A EPILEPSIA NÃO É UMA DOENÇA TRANSMISSÍVEL



Um comentário:

  1. Os antigos dizem que devemos segurar a lingua da pessoa em crise convulsiva para evitar a pessoa sufoque. Por que isso não deve ser feito?

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